Quando jovem, Satoshi Tajiri tinha como passatempo a entomologia.[11] Quando cresceu, Tajiri decidiu não fazer uma faculdade e sempre se demitia dos empregos que seu pai dava para jogar fliperamas, até que resolveu fazer um curso técnico e depois criou sua revista, conhecida como GameFreak. Trabalhando na revista, Tajiri conheceu Ken Sugimori, com quem fez amizade e trabalhou por um longo tempo.
Com o crescente sucesso do NES, os dois resolveram criar algo inovador para o console. Tajiri transformou a revista em uma empresa, a Game Freak, e começou a trabalhar em um jogo. Lançado em 1989, o jogo de puzzle Mendel Palace (Conhecido no Japão como Quinty) fez um sucesso razoável e marcou o início da história da empresa.
No ano seguinte, os dois resolveram criar um jogo para o Game Boy, que tinha feito um grande sucesso com Tetris. Ao ver o cabo de Game Link, Tajiri pensou na ideia de passar informações de um Game Boy a outro. Influenciado por séries como Final Fantasy e Dragon Quest e associando a ideia com a metamorfose, Tajiri criou um RPG onde monstros podiam evoluir e serem passados de um portátil a outro.[12]
Levando o projeto à Nintendo, Tajiri, que tinha a ideia elementar, e Sugimori, que tinha os desenhos dos monstros, receberam conselhos de Shigeru Miyamoto, criador de Super Mario Bros. e The Legend of Zelda, para aprimorarem o jogo, na época conhecido pelo nome de Capsule Monster.
A produção durou dois meses. Neste meio tempo, a Nintendo já estava em declínio e a Sony, sem ideias para o portátil. Poucos da Game Freak acreditavam que o jogo faria sucesso e até mesmo com falta de recursos, as ações da empresa estavam em xeque com Pocket Monsters. Em Fevereiro de 1996, são lançados Pocket Monsters Red & Green. Inicialmente, o jogo não fez sucesso, mas à medida que os meses passavam, mais unidades eram vendidas, até chegar a marca de um milhão de cópias em um ano.[12]
A Nintendo, então, decidiu levar a série para o Ocidente. Porém, o nome foi rebatizado por Pokémon por existir uma série da Mattel conhecida como Monster in My Pocket e também por ser lançado pouco depois do ataque epiléptico no Japão em virtude do episódio envolvendo Porygon, um dos Pokémon. A série tornou-se um sucesso estrondoso nos Estados Unidos, com Pokémon Red & Blue vendendo mais de 200.000 cópias na primeira semana.
A série tinha um slogan, que não é mais usado. No Japão era conhecido como "Vamos Pegar Pokémon!" (em japonês: ポケモンGETだぜ! Pokemon Getto Daze!?), que se tornou a famosa frase "Gotta Catch'em All!" nos Estados Unidos e ficou conhecida no Brasil como "Pokémon, Temos que Pegar!" e em Portugal como "Pokémon, Apanhá-los todos!"
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